Transportados para a atmosfera do século XVIII, viajando através da arquitetura do Palácio de Seteais. Daqui, avistamos o oceano Atlântico e a Serra de Sintra. Perdemo-nos nos labirintos de vegetação frondosa e nos salões deslumbrantes.
Ligando culturas, a música ouve-se por todo o lado. A orquestra apresenta-se, o palco é inspirado nas bandas de jazz dos anos 40. O ritmo sente-se, dando espaço para a liberdade do improviso. São brancos, nudes e antracites que nos envolvem a que se vêem juntar aos verdes da natureza que nos rodeia.
A tenda com o seu vão invulgar é imponente. Uma estufa gigante, onde o amor e natureza estão de mãos dadas. Em todo o espaço deparamo-nos com pequenos abat-jours pendurados, com pingentes e bobeches, oferecendo um contraponto entre o toque palaciano e o modernismo.
À nossa espera estão frases musicais, declarações de amor. Bocados de letras de músicas escritas que povoam os ambientes, a decoração do espaço, a roupa de quem nos recebe com um sorriso rasgado. Nos seus vestidos de riscas, ao pescoço têm os tabuleiros dos antigos clubes de jazz.
No interior admira-se as salas decoradas com pinturas a fresco. É neste ambiente que sentimos como será o dia de amanhã. Um almoço envolto nos tons suaves da sala, com as flores escolhidas a seguirem o seu compasso.
Mas hoje, o dia é de festa. As cortinas drapeadas em voile branco, contornam todo o espaço, deixando vislumbrar o interior e exterior. São elas que escondem o segredo do palco dos artistas. Frésias, rosas e hortenses brancas vivem em todas as mesas, com o seu aroma delicado, em tabuleiros espelhados. Alinhadas e arrumadas como nos jardins franceses. E é nas mesas longas, organizadas de forma geométrica, cobertas de linho lavado nude, que os convidados se deixam ficar.
Dentro de um moderno cubo em vidro, temos um vislumbre de mais uma surpresa. Entre voiles, esconde-se o bolo que em conjunto com o fantástico espetáculo de vídeo mapping sobre toda a fachada do palácio, representará a união de duas pessoas.
A história de afeto e paixão é também contada nos detalhes a dourado do serviço ou dos guardanapos de linho. “I do” e “Me to” falam do compromisso que queremos celebrar, juntamente com as cadeiras dos noivos do século XVIII em folha de ouro. Únicas, de braço dado, porque o amor é feito de cumplicidade.
E, porque o amor tem de ser cuidado, encontramos sobre a mesa dos noivos uma profusão de flores, quase um abrigo, misturadas com pequenos lustres que oferecem apontamentos de luz. O grande livro de papel artesanal é o guardião destas memórias. A lembrança de um momento. Porque amanhã é um outro dia. Com novas histórias para contar.
